Contra um time competente na marcação, Neymar e Cia. não conseguiram envolver os mexicanos e perderam por 2 a 0. Foi a primeira derrota no terceiro da série de quatro amistosos de preparação para o grupo que deve buscar o ouro inédito em Londres.
Com a intenção de melhorar o entrosamento, o técnico Mano Menezes manteve o time titular que atropelou os Estados Unidos, quarta-feira. A Seleção Brasileira, no entanto, foi vítima, na primeira etapa, de uma de suas virtudes no amistoso em Washington: a forte marcação.
José Manuel de la Torre armou sua equipe em um 4-4-2, com duas linhas de quatro jogadores à frente do goleiro Corona, próximas, compactas e intransponíveis para os brasileiros.
Com Oscar em um domingo inspirado, pelo meio, as alternativas seriam as laterais do campo. Danilo, pela direita, e Marcelo, pela esquerda, contudo recebiam marcação dupla e quando passavam do primeiro marcador, paravam no segundo. Aos 9 minutos, Hulk lançou Leandro Damião nas costas dos zagueiros, o colorado chutou de primeira para o gol, anulado pelo juiz canadense Silviu Petrescu, que atendeu o auxiliar que assinalou impedimento.
No seu campo, o México aguardava o Brasil. Com nove jogadores atrás da linha da bola, os mexicanos atraiam praticamente todos os brasileiros ao ataque, inclusive os laterais, que subiam juntos. Tudo que os rápidos Chicharito Hernandez e Giovanni dos Santos queriam para surpreender os zagueiros brasileiros.
Aos 21 minutos, Giovanni dos Santos entrou em diagonal pela lado direito da área brasileiro. No mano a mano com Danilo, o mexicano deu uma cavadinha e encobriu o goleiro Rafael, que só viu a bola ainda bater no poste ângulo esquerdo. Giovanni seria responsável pelo segundo gol do México também. Dez minutos depois, o atacante sofreu pênalti de Juan, ex-Inter. Chicharito Hernandez cobrou forte, no canto esquerdo de Rafael, que não pode fazer nada. Os brasileiros só chutaram a primeira bola ao gol faltando cinco minutos para o final da etapa. Oscar bateu de fora da área e Corona fez grande defesa no canto esquerdo.
O Brasil voltou para o segundo tempo com o mesmo time que começou o jogo. Só que com os mesmos defeitos e ainda mais afobado, ansioso para reverter o placar adverso. Antes dos 10 minutos, o México teve pelo menos duas oportunidades claras para ampliar.
Mano resolveu mexer aos 15, quando colocou Lucas no lugar do volante Sandro e Alexandre Pato substituiu Leandro Damião. Mesmo com um time mais rápido e habilidoso, foram poucas as chances de o Brasil marcar, pelo menos, o gol de honra.
A cada substituição, José Manuel de La Torre fechava mais seu time, dificultando o trabalho dos atacantes brasileiros, que começaram a tentar a jogada individual para abrir a retranca mexicana, sem sucesso. Apesar dos dois gols sofridos, o goleiro Rafael voltou a ser destaque. Não fosse o camisa 12, Chicharito ou Andrade teriam tornado a vitória em goleada na etapa final.
Se as vitórias contra a Dinamarca e os Estados Unidos mostraram que o Brasil é candidato ao ouro olímpico, a derrota para o México deixa claro que Mano Menezes terá muito trabalho para chegar lá.
Fonte, texto e foto: DC
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