Um dia após o governo do Rio Grande do Sul anunciar que adiaria as negociações salariais com os policiais militares do Estado enquanto não cessassem os protestos da categoria, seis rodovias gaúchas foram bloqueadas na madrugada desta sexta-feira. Na maioria das barricadas feitas com pneus em chamas, faixas foram colocadas pedindo o reajuste do salário dos PMs gaúchos, considerado o mais baixo do País.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), três rodovias federais foram bloqueadas.
Às 4h15, policiais rodoviários impediram que a BR-101 fosse bloqueada na altura do km 85, em Osório. De acordo com a PRF, os manifestantes não conseguiram atear fogo nos pneus e fugiram antes da chegada das viaturas. Na BR-285, uma barricada bloqueou o trânsito na altura de Carazinho por cerca de 45 minutos, das 5h às 5h45.
A ERS-239 que foi bloqueada por volta das 5h40 na altura do km 39, em Parobé, tinha um cartaz: "Não aceitamos migalhas, queremos o prometido".
Governo adia negociação
Na quinta-feira, o governo do Rio Grande do Sul decidiu não apresentar proposta de reajuste para os representantes dos servidores da Polícia Militar do Estado por causa da onda de protestos no Estado. Apesar de a categoria ter se comprometido a acabar com as manifestações, que incluem barricadas de pneus queimados, na manhã de ontem uma importante avenida do centro de Porto Alegre foi bloqueada pelos manifestantes.
Segundo a Casa Civil gaúcha, o governo tem uma proposta de reajuste na linha reivindicada pelos policiais, mas não apresentará a mesma até o fim dos bloqueios ou até que a autoria dos protestos seja revelada. A postura de negociação do governo já havia sido anunciada pelo chefe da Casa Civil gaúcha, Carlos Pestana.
Pestana recebeu na tarde desta sexta-feira (2) a direção da Federação das Entidades Independentes dos Servidores Militares Estaduais de Nível Médio da Brigada Militar (FERPMBM). Na ocasião, segundo o governo, a entidade afirmou sua disposição de dialogar em busca de uma solução para o impasse gerado por conta das manifestações.
O Comandante-Geral da PM, coronel Sérgio Roberto de Abreu, considera que os protestos prejudicam os policiais por interferir no andamento das negociações para o atendimento das "legítimas reivindicações da sua corporação", informou a Casa Civil.
Portal Terra


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