16/08/2011

Guaritas de salva-vidas são alvo de vândalos e da ação do tempo

Sem uso durante o inverno, as guaritas utilizadas pelos salva-vidas durante os meses da Operação Golfinho, nas praias gaúchas, acabam alvo da ação do tempo e também de vândalos. Desde o fim do verão, pelo menos 17 das 55 unidades localizadas entre as praias de Rainha do Mar e Curumim sofreram algum tipo de dano. Os dados constam em um levantamento feito pelo 9º Comando Regional de Bombeiros (CRB), responsável pelo Litoral Norte. 

— Em todo o litoral, são 228 guaritas. O monitoramento é feito, mas fica difícil acompanharmos todas elas durante o inverno — afirma o comandante do 9º CRB, tenente-coronel Rogério Alberche.

A maioria das guaritas danificadas sofreu a deterioração pelo contato da água do mar ou pela ação do vento — algumas perderam, inclusive, os pés de madeira que sustentam a estrutura. Muitas porém, tiveram pedaços da proteção lateral arrancados e uma delas foi incendiada.

Com o levantamento em mãos, o comandante do Corpo de Bombeiros reuniu-se com representantes da Associação dos Municípios do Litoral Norte (Amlinorte) no início de agosto e expôs a situação das guaritas. Em contrapartida, as prefeituras se comprometeram em realizar a manutenção de todas as unidades até o início de dezembro.
— Pedimos para que parte das guaritas já esteja pronta no início de novembro, quando o movimento nas praias começa a aumentar devido aos feriados de Finados e Proclamação da República — afirmou Alberche.

O prefeito de Xangri-lá, Celso Bassani Barbosa, afirmou que parte dos municípios já deu início à contratação das empresas que irão realizar o serviço, por meio de processo licitatório. 

— Ainda não temos o valor que será gasto com a manutenção. Mas a empresa que contratamos se comprometeu a entregar as guaritas dentro do prazo — afirmou o prefeito.

Para o comandante do 9º CRB, as praias que abrangem o trecho de Xangri-lá e Capão da Canoa deveriam optar pelo uso de guaritas móveis, a exemplo das praias de Arroio do Sal e Torres, onde, todos os anos, as estruturas são removidas da beira-mar ao final da temporada.

— Isso evita a deterioração e o vandalismo. Outro bom exemplo são as guaritas das praias ao sul de Rainha do Mar, feitas de alvenaria — afirma o comandante.


Litoral Norte Notícias

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