11/08/2011

Casal de corujas ganha lar mais seguro em Capão da Canoa

Elas já tinham nome desde 2002, ano em que teriam ocupado as areias da Avenida Beira Mar, em Capão da Canoa, no litoral gaúcho. Agora, "Zóio" e "Zóia", as corujas que são atração turística da praia do Litoral Norte gaúcho, ganharam uma cerca para ficarem protegidas em seu habitat natural.
— A gente já pedia há tempo o cercamento para a prefeitura — declarou Carlos Alberto da Silva, zelador de um prédio na Avenida Beira Mar, próximo à guarita 77 e ao lar das corujas. Segundo ele, o local possui circulação intensa de veranistas durante o verão, o que motivou os próprios moradores a construírem uma primeira cerca, provisória, feita com pedaços de madeira.
Entre os meses de junho e julho deste ano, uma cerca maior, construída com pilares de madeira e tela metálica, foi instalada pela prefeitura no em torno do ninho de "Zóio" e "Zóia". Para o aposentado Ademar da Silva, morador de Capão da Canoa, que caminha diariamente pelo calçadão por onde circulam as corujas, o cercamento de apenas um ninho é insuficiente.
— Os outros ninhos ficaram desprotegidos. Os cachorros seguem correndo atrás das corujas, dos quero-queros. Tem só uma placa lá. Mas quero-quero não sabe ler! Eles precisam é cuidar mais do local — afirma o aposentado.
O objetivo do cercamento, segundo o biólogo da Prefeitura de Capão da Canoa Fernando Campani, é a proteção deste ninho em especial, que é o que possui o maior fluxo de visitação, e consequentemente, o que sofre maior impacto ambiental.
— O isolamento foi um projeto encaminhado pela própria prefeitura, instalada em razão do fluxo de pessoas e de atos de vandalismo. Recebemos denúncia de que pessoas jogavam pedras nos animais — disse Campani. Segundo ele, o cercamento dos ninhos das corujas não é a opção ideal para os animais que vivem na região, porque interfere em seu habitat natural. Mas para reforçar a proteção do casal de corujas, foi a solução possível para mantê-las em seu ninho original.


Estrelas da praia

O casal de corujas "Zóio" e "Zóia" tornaram-se populares no Litoral Norte em 2008, quando patrulha ambiental de Capão da Canoa proibiu que fogos de artifício fossem detonados durante o reveillon próximo ao ninho dos animais, localizado em uma duna ao lado do calçadão.


A não-realização do show pirotécnico, na ocasião, gerou vaias do público presente, muitos dos quais abandonaram a festa à beira-mar. Depois da polêmica, no entanto, "Zóio" e "Zóia" ficaram populares entre os veranistas de Capão da Canoa.

Fonte e fotos: Zero Hora.com

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